O jornal «A Bola» mudou ontem de estrutura accionista. Para explicar de forma simples, até ontem o diário contava com dois grandes accionistas familiares dos fundadores (que sempre rejeitaram vender as posições a grandes grupos económicos) e o que aconteceu foi que um dos accionistas comprou a outra parte e passou a controlar todo o capital. Os valores do negócio são desconhecidos e desconhecido é também o desfecho deste negócio para os benfiquistas até porque a parte vendedora era uma senhora cujo número de sócio tinha apenas quatro dígitos (célebre ficou a reportagem na revista do Expresso há uns meses atrás quando ela assumia sem papas na língua o seu benfiquismo).
Sejamos sinceros. «A Bola» sempre foi o nosso jornal deu-nos jeito para eleger presidentes (João Santos, Jorge de Brito e Vilarinho, os mais notórios) ou pelo branqueamento de muitas épocas e episódios menos bons que se passaram na nossa casa. Recordo-me que «A Bola» foi dos poucos jornais que nunca esqueceu os casos Pacheco e Paulo Sousa, escrevendo sobre o caso, mesmo quando todos já davam a indemenização por perdida. Quem contra nós escrevia era demitido (Rui Santos, lembram-se?). «A Bola» era dos poucos (ou mesmo o único) orgão de comunicação social que ainda nos restava. Falo no passado, porque julgo que «A Bola» deixou de ser «nossa». A últimas capas têm tido um tom muito verde para o meu gosto e temo o pior desfecho neste negócio.
Como benfiquista não tenho problema nenhum em assumir que o controlo da imprensa é uma chave para as portas do sucesso. Bem ao estilo da Cosa Nostra siciliana, Berlusconi fez isso no AC Milan, e Pinto da Costa tem feito isso com o Porto. Estilos diferentes é verdade (um detém orgãos de comunicação, o outro soborna, ameaça e compra jornalistas), mas o nosso presidente devia ponderar bem uma destas estratégias (ou uma terceira via). Espero que a alteração na estrutura seja a nosso favor e que eu esteja equivocado. Os próximos meses o dirão.
PS: quando digo que «A Bola» é (ou era) nossa. Sei do que falo. Já lá estive dentro e sei a quantidade de posters do Benfica e de símbolos do nosso clube que decoram as paredes e secretárias dos jornalistas.
Sejamos sinceros. «A Bola» sempre foi o nosso jornal deu-nos jeito para eleger presidentes (João Santos, Jorge de Brito e Vilarinho, os mais notórios) ou pelo branqueamento de muitas épocas e episódios menos bons que se passaram na nossa casa. Recordo-me que «A Bola» foi dos poucos jornais que nunca esqueceu os casos Pacheco e Paulo Sousa, escrevendo sobre o caso, mesmo quando todos já davam a indemenização por perdida. Quem contra nós escrevia era demitido (Rui Santos, lembram-se?). «A Bola» era dos poucos (ou mesmo o único) orgão de comunicação social que ainda nos restava. Falo no passado, porque julgo que «A Bola» deixou de ser «nossa». A últimas capas têm tido um tom muito verde para o meu gosto e temo o pior desfecho neste negócio.
Como benfiquista não tenho problema nenhum em assumir que o controlo da imprensa é uma chave para as portas do sucesso. Bem ao estilo da Cosa Nostra siciliana, Berlusconi fez isso no AC Milan, e Pinto da Costa tem feito isso com o Porto. Estilos diferentes é verdade (um detém orgãos de comunicação, o outro soborna, ameaça e compra jornalistas), mas o nosso presidente devia ponderar bem uma destas estratégias (ou uma terceira via). Espero que a alteração na estrutura seja a nosso favor e que eu esteja equivocado. Os próximos meses o dirão.
PS: quando digo que «A Bola» é (ou era) nossa. Sei do que falo. Já lá estive dentro e sei a quantidade de posters do Benfica e de símbolos do nosso clube que decoram as paredes e secretárias dos jornalistas.
Comentários
Abraço Benfiquista
http://catedraldapalavra.blogspot.com
Saudações gloriosas
A Bola vai certamente continuar a ser o que sempre foi. O maior jornal desportivo português.
Não é a presença de uma accionista que vai mudar a realidade de quase 6 milhões de portugueses serem benfiquistas.
Essa é a razão principal de A Bola abordar o Glorioso de forma mais generosa.
Além do mais, a redacção (como parece também saber) é amplamente benfiquista, e quase lhe jurava que o director também o é.
De resto A Bola está para o Benfica, como o Record para o Sporting e O Jogo para o F.C.Porto. Não vejo que as coisas possam ou devam (no interesse dos próprios) mudar muito a esse respeito.
Visitem
www.vedetadabola.blogspot.com
Já com a análise pormenorizada da jogatana de ontem