Opto pelo politicamente incorrecto. Acho muito bem que as claques do Benfica resistam à tendência legalizadora e hipócrita do futebol de hoje em dia.
A lei não obriga as claques a legalizarem-se. Apenas proíbe os clubes de prestarem apoio a claques que não se registem. Ora, se as claques não o fizerem, tomam uma decisão por sua conta e risco. Além disso, apenas estão proibidos de entrar nos estádios símbolos racistas, políticos, religiosos e por aí fora. Os símbolos de clubes, empresas e de associações podem entrar. Eu, de 15 em 15 dias, entro no estádio de cachecol e camisola. Trago símbolos do Benfica, da Vodafone e da Adidas no corpo. Nunca algum responsável de segurança me disse que não podia entrar. Então porque raio as claques do Benfica não podem trazer as suas faixas e bandeiras para o Estádio?
O Governo – principalmente um secretário de Estado badocha –, autista perante tantas situações que doiram de vergonha o nosso futebol, quer mostrar serviço. Quem paga? As claques. Fazendo força para que os clubes as obriguem a registar, a delatar mesmo, o nome dos seus elementos. Porquê? Isso dá mais segurança a alguém? Claro que não. Quando uma das claques «legalizadas» são os Super Dragões, percebemos o grau de hipocrisia a que chegou esta discussão. Uma claque que rouba nas proximidades dos estádios com a conivência (ou impotência) da polícia, que invade estádios sem bilhete comprado, que pilha, que publica em livro todos os crimes que comete e nada lhe acontece pode ser legal?
Às direcções dos clubes (a do LFV incluída) também interessa esta situação. Controlando as claques, controlam uma franja importante de adeptos, controlam contestações e desviam atenções. Porque são as lojas dos Super Dragões que vendem merchandising do FCP? Porque nada aconteceu a quem incendiou o carro do Co Adriaanse? Que papel teve a Juve Leo na queda do Dias da Cunha e quais as ligações do Miguel Salema Garção – agora director de comunicação do SCP, anterior director de comunicação dos CTT, nos tempos de Horta e Costa – a esta claque? São perguntas cuja resposta pode ajudar a perceber muita coisa.
Por tudo isto estou com os No Name e com os Diabos (se ainda existirem). Resistam. Este futebol de merda que temos há duas décadas passará e os clubes ficarão. As claques não existem para organizar colóquios ou vender merchandising na net. Isso é para os mamones que querem ganhar à conta.
As claques existem para apoiar os clubes. Para gritar. Para chorar. Para lutar, se for preciso. Que saudades do tempo em que não tinha de aturar lagartos e tripeiros ao pé de mim no Estádio da Luz. Agora, pago cativo (lugar reservado para sócios) e tenho de aturar gente dessa ao pé de mim. E não posso fazer nada porque «temos de ter fair-play». Puta que os pariu. Saiam de ao pé de mim. Saudades do antigo estádio. Da chuva no pelo. Do frio do cimento. Estou farto de ver os olhares que dizem «Já paravas de gritar. Estás a incomodar-me».
A lei não obriga as claques a legalizarem-se. Apenas proíbe os clubes de prestarem apoio a claques que não se registem. Ora, se as claques não o fizerem, tomam uma decisão por sua conta e risco. Além disso, apenas estão proibidos de entrar nos estádios símbolos racistas, políticos, religiosos e por aí fora. Os símbolos de clubes, empresas e de associações podem entrar. Eu, de 15 em 15 dias, entro no estádio de cachecol e camisola. Trago símbolos do Benfica, da Vodafone e da Adidas no corpo. Nunca algum responsável de segurança me disse que não podia entrar. Então porque raio as claques do Benfica não podem trazer as suas faixas e bandeiras para o Estádio?
O Governo – principalmente um secretário de Estado badocha –, autista perante tantas situações que doiram de vergonha o nosso futebol, quer mostrar serviço. Quem paga? As claques. Fazendo força para que os clubes as obriguem a registar, a delatar mesmo, o nome dos seus elementos. Porquê? Isso dá mais segurança a alguém? Claro que não. Quando uma das claques «legalizadas» são os Super Dragões, percebemos o grau de hipocrisia a que chegou esta discussão. Uma claque que rouba nas proximidades dos estádios com a conivência (ou impotência) da polícia, que invade estádios sem bilhete comprado, que pilha, que publica em livro todos os crimes que comete e nada lhe acontece pode ser legal?
Às direcções dos clubes (a do LFV incluída) também interessa esta situação. Controlando as claques, controlam uma franja importante de adeptos, controlam contestações e desviam atenções. Porque são as lojas dos Super Dragões que vendem merchandising do FCP? Porque nada aconteceu a quem incendiou o carro do Co Adriaanse? Que papel teve a Juve Leo na queda do Dias da Cunha e quais as ligações do Miguel Salema Garção – agora director de comunicação do SCP, anterior director de comunicação dos CTT, nos tempos de Horta e Costa – a esta claque? São perguntas cuja resposta pode ajudar a perceber muita coisa.
Por tudo isto estou com os No Name e com os Diabos (se ainda existirem). Resistam. Este futebol de merda que temos há duas décadas passará e os clubes ficarão. As claques não existem para organizar colóquios ou vender merchandising na net. Isso é para os mamones que querem ganhar à conta.
As claques existem para apoiar os clubes. Para gritar. Para chorar. Para lutar, se for preciso. Que saudades do tempo em que não tinha de aturar lagartos e tripeiros ao pé de mim no Estádio da Luz. Agora, pago cativo (lugar reservado para sócios) e tenho de aturar gente dessa ao pé de mim. E não posso fazer nada porque «temos de ter fair-play». Puta que os pariu. Saiam de ao pé de mim. Saudades do antigo estádio. Da chuva no pelo. Do frio do cimento. Estou farto de ver os olhares que dizem «Já paravas de gritar. Estás a incomodar-me».
Comentários
Menos Somos Mais Resistimos.
Diabos Vermelhos Desde 1982